2008/11/28

Amar é




Amar é deixar andar


A solidão é insular


Amar é nadar contra a maré...




Tenho o meu coração despido
E só me resta esperar por ti...



2008/11/26

De volta às manualidades


Nesta época, penso sempre em não embarcar na onda do consumismo. É escusado e é difícil; para mais, tendo eu uma vertente consumidora que, de tempos a tempos, me assalta (basicamente quando tenho um pouco mais de dinheiro para gastar).


Uma ideia surgiu para poder, pelo menos, fazer de conta que não entro nessa. Em vez de comprar quilos de bombons e outras futilidades pensei em fazer algo mais personalizado. Algo mais ou menos feito por mim...


Esta encadernação fiz ontem à noite em pouco tempo. Tive de comprar o caderno, o resto são materiais que tenho numa gaveta reservada às manualidades.



Feliz Natal

2008/08/22

A não ver, acreditem!


Um filme a não ver, definitivamente:Hellboy 2.

Eu queria mesmo ver os Ficheiros Secretos; mas o meu marido não. Tentámos, pois, encontrar uma solução que não fosse irmos para salas diferentes; o objectivo já parcialmente cumprido era o de passarmos uma noite romântica.

Quando reparámos que o realizador era o Guillermo del Toro, pensámos logo no último filme dele que vimos - O Labirinto do Fauno - que ambos adorámos e achámos que iria valer a pena ver um diabo com os cornichos aparados aos tiros com outros seres de aspecto, digamos, diferente. Esquecêmo-nos, porém, que também foi o realizador de Blade II (muito mauzinho).


O filme está cheio de frases feitas, lugares comuns e com monstros lamechas a cantar músicas norte-americanas pimba; surpreendendo muito pouco e com uma história nada gripping.


Gostei das lutas do príncipe Nuada (lembram-se dos Bros? É um dos manos cantores! Ver foto acima) e das fatiotas, pronto.


2008/07/11

Avaliação do Desempenho - Professores


Os professores contratados são os que têm de ser avaliados pelo conselho executivo da sua escola até ao final do seu contrato (as datas -limite devem variar de escola para escola).

As seguintes perguntas são as que mais problemas me colocam...


Pergunta 8:
Como avalia a sua participação e o seu contributo para a definição e concretização de estratégias para a prevenção e redução do abandono escolar e o cumprimento dos seus objectivos individuais estabelecidos neste âmbito? Na sua apreciação identifique sumariamente as acções e iniciativas que
desenvolveu.


Pergunto eu:
Como é que um professor previne e reduz o abandono escolar sem o apoio essencial de pais, que nos casos de perigo de abandono, tão responsáveis são pelo mesmo, por serem pais ausentes, desinteressados, não poucas vezes apenas preocupados em depositar os seus miúdos num sítio que consideram seguro (pelo menos se lhes acontecer alguma coisa, a responsabilidade pode ser sempre imputada à escola)?


Pergunta 13:
Identifique sumariamente as suas necessidades de formação e de desenvolvimento profissional


Resposta possível:
Formação em preenchimento de questionários de auto-avaliação de desempenho docente.


Pergunta 14:
Como avalia a relação que estabeleceu com a comunidade e o cumprimento dos seus objectivos individuais definidos neste âmbito?


O que dizer neste ponto?! Coitados dos que tiveram o azar (que não tive, para bem da minha sanidade mental) em ter ficado numa escola com colegas, C.E. e funcionários maus (raramente são todos ao mesmo tempo); com um ambiente de cortar à faca e constantes conflitos.

Enfim... Socorro!

Aceito uma avaliação; mas, por favor, que seja séria, sem nos deixar esta sensação de andarmos para aqui a fazer uma figura que, lamentavelmente, andámos a fazer neste último ano: de palhaços.
P.S. Para se rirem um bocado, consultem http://antero.wordpress.com.

2008/06/03

As minhas flores



As minhas flores estão a gostar de estar na varanda.

Apenas apanham sol directamente durante o final da tarde na Primavera e Verão.


Às vezes esqueço-me de regá-las...

2008/05/20

A escola é chata




Às vezes, os alunos têm mesmo que fazer trabalhos que os aborrecem; são, efectivamente, obrigados a isso. A negociação professor-aluno existe, mas nem sempre. Numa sala de aula, ainda é o professor quem deve decidir, na maior parte das vezes, unilateralmente, o que se faz nessa aula. Pena é que alguns alunos e outros não percebam isto, habituados que estão a um ensino lúdico que, não poucas vezes, desvirtua a essência da escola. Aprender implica, frequentemente, esforço, trabalho, o que, nem sempre, é "giro". Às vezes, pode ser mesmo chato. Às vezes, temos mesmo que fazer coisas que não apetece nada fazer.

Só que hoje em dia muitos miúdos estão muito mal habituados. Querem o mais fácil, o que dá menos trabalho, o mais divertido; enfim, regem-se pela lei do mínimo esforço. A escola deve servir para preparar os alunos a enfrentar uma sociedade repleta de coisas chatas, como o trabalho; obstáculos que têm de ser ultrapassados para desempenharmos o nosso papel na sociedade de forma digna. A brincadeira, meus caros, vem depois.

2008/01/25

E esta hem?


Vocês têm a infelicidade de ter vizinhos que não vos respeitam?
Eu já tive (vamos ver até quando!).

Não estou a falar daquela falta de respeito de não dizer "bom dia" quando nos vêem passar na rua, nem a indelicadeza de vos fecharem a porta na cara com toda a sua força; nem a de reparar que nós estamos a chegar à porta do prédio um pouco atrás deles e acelerarem o passo mais ou menos discretamente para poderem ser rápidos a entrar no elevador e subir sozinhos; não.

É a falta de respeito de mandar a cinza dos seus cigarrinhos para cima do nosso parapeito e da roupa acabadinha de estender. É a falta de respeito da vizinha ao dizer: "eu não fumo; deve ter sido o meu irmão!" com um ar tão falsamente angélico (que hoje, cada vez que me recordo da situação, quase me provoca o vómito) quando abordada delicada, mas frontalmente, sobre este problema. Eu ainda fiquei a pensar: "será que aquela mão que eu vi era a dum homem?!" A sensibilidade que me resta impediu-me de lhe dizer que o irmão tinha umas mãos muito femininas e fingi acreditar.
Depois deste pedido, pensei que a situação não se repetiria...

Pois bem, ao fim de meses a continuar a levar com a cinza, por vezes acompanhada de migalhas e outros OVNI's, cansei-me! Gritei BASTA e resolvi adoptar outra medida já que a primeira não resultara: escrever uma carta em que encarecidamente pedia que, quem quer que fosse - o irmão, o cão ou o periquito - colocasse a cinza num objecto que existe há muiiiiito tempo e que o prevaricador desconhecerá: o cinzeiro! (Esta parte do prevaricador e do cinzeiro não a escrevi, por não saber se os senhores conhecerão a palavra inicial e porque talvez soasse a comentário sarcástico e isso eu não pretendia.)

A carta foi escrita e enviada há pouco tempo. Voltei a ver cinza no meu parapeito e na roupa alguns dias depois do envio da carta; provavelmente ainda não a leram, quando o fizerem, vão deixar de fazer isto, pensei; o que se parece confirmar, pois depois disso não voltei a registar ocorrências desta natureza.

O engraçado foi ter visto um dia destes a mesma vizinha que afirmou com tanta veemência não fumar, vir de cigarrinho na mão e na boca (intermitentemente, claro) perto da entrada do prédio quando eu estava a sair do mesmo com a minha filha e o meu marido. Sabem o que ela fez? Fez um movimento tão atrapalhado para se desviar do nosso caminho que eu reparei logo na sua presença. Continuei a andar e olhei para trás sem qualquer pudor; queria ver até onde ia a farsa de "ah, eu não ía para casa, ainda vou ali à loja chinesa" e não resisti a sorrir com todos os meus dentinhos quando, sentido-se (falsamente) segura de me ter despistado, volta bruscamente para trás (para casa, com certeza), não sem antes atirar o seu cigarrito para o chão. Lindo, lindo teria sido ver a cara dela a olhar para a minha e juro; se ela o fizesse com aquele mesmo ar angélico, eu vomitava-lhe aos pés!


2008/01/13


Há livros que me fazem chorar.


Cal de José Luís Peixoto conseguiu-o.


Aos trinta, começo a conhecer melhor a morte, sempre latente na velhice que cada vez mais me rodeia. As minhas velhas são também aquelas velhas vestidas de preto, que ficam à lareira ou à porta na calhandrice com as vizinhas.

Talvez por isso este livro me tenha tocado como talvez não conseguisse antes de me começarem a morrer as velhas e a ir a funerais e a imaginar o dia em que alguém mais próximo e que me faça mais falta me faltar...


O conto "Ti Julha" foi acabado de ler a chorar.


"Na terça-feira passada, quando morreu, tinha mais de noventa anos. A pele do seu rosto era branca e serena. Sei que se lhe tivesse tocado com as costas dos dedos na face teria sentido a mesma pele suave que sentia quando a minha mãe me dizia: dá um beijinho à Ti Julha. Olhei para o seu corpo pequeno, magro e vestido de negro. Aos seus pés, entre coroas de flores com cartões onde estavam escritas as palavras: eterna saudade, pousei um ramo de flores sem cartão e sem palavras escritas. Sob o silêncio dos olhares das filhas e de algumas das netas e dos netos, aproximei-me de um canto, onde estava uma máquina com velas falsas que tinham lâmpadas na ponta, que se teriam acendido se tivesse enfiado uma moeda numa ranhura gasta. As minhas botas sobre os mosaicos. Apertei algumas mãos, olhei ao longe para o rosto da Ti Julha e saí. Quando chegeui ao carro, telefonei à minha mãe. Depois de desligar, senti o meu coração e chorei."

Ofertas de aniversário recebidas


Neste domingo de chuva, em que consegui pôr a criança a dormir a sesta; venho aqui agradecer à Sandra e à Tânia pelos presentes no meu aniversário, no âmbito do Clube de Aniversário. Não consigo colocar aqui as fotos, pois o meu leitor de cartões não está a funcionar.

Obrigada!


Também tenho uma oferta em atraso; mas logo a reporei, assim que eu puder desacelerar. Não queria enviar algo, só por enviar; quero investigar os gostos da visada e quando ela estiver a pensar que já me esqueci... voilá! Me aguarde...


2008/01/02

O dia em que nasci / moura e pereça...

Capela em ruínas

Relvado em frente ao palácio

Sala da música

Vista do palácio

Corredor


Já lá dizia o poeta... Isto de fazer 30 anos é esquisito. Por vezes sinto-me como se fosse uma mãe adolescente, noutras, é como se começasse a sentir que chegar ao terceiro vai ser difícil, dadas as exigências da vida profissional que tanto me dificultam o desempenho (que eu gostava que fosse) exemplar na tarefa da maternidade!

É muito difícil ser uma série de coisas ao mesmo tempo; porém será isso que me enche tanto a vida e me torna os dias tão pequenos, logo, tão preciosos...


Hoje foi um dia cheio de pequenas-grandes alegrias que o tornaram especial.


Monserrate, a fatia de bolo de chocolate de há dois dias transformada em bolo de aniversário, o amor...


Deixo-vos aqui alguns flashes...


Vão até Sintra ver esta preciosidade (o palácio encontra-se em processo de pré-restauração - esperemos que avance!)



2008/01/01

Sweeney Todd - O Terrível Barbeiro de Fleet Street


Um dos meus presentes de Natal (oferta do marido) foi um bilhete para o musical Sweeney Todd, que tinha visto, pensava eu há mais ou menos 5 anos e que, após uma pequena busca na net, descobri ter sido há já 10 anos! Ok; estou mesmo a ir ficando velha! Pronto, não tarda muito vou começar a chorar!

Na altura, lembro-me de ter ficado fascinada com a qualidade dos actores/cantores e com o enredo.

Um pequeno resumé para ficarem com um vislumbre da história: um barbeiro é desterrado sob falsas acusações para a Austrália e ao fim de 15 anos regressa a Londres para descobrir que a sua amada mulher se suicidou e que a sua filha está à guarda do violador da sua esposa e principal responsável indirecto pelo seu desaparecimento. Segue-se a vingança desenfreada, muito sangue e empadas de carne humana que, ao que parece, eram deliciosas! (Esta receita, passo).

Mais não digo, além de que estreia no final deste mês em Portugal o filme de Tim Burton baseado na mesma história, com o Johnny Depp a fazer do cruel barbeiro. Não sei bem que espécie de Sweeney Todd é que vai sair à cena; mas as minhas expectativas não são muito altas. Não consigo imaginar um Johnny Depp a parecer verdadeiramente frio, amargurado e vingativo. Talvez mais tresloucado do que outra coisa qualquer.

Música com orquestra ao vivo é sempre um dos melhores pretextos para sair de casa numa fria noite de Inverno. Se adicionarmos a isso actuações fantásticas e vozes ora assustadoras, ora embaladoras; então, ala que se faz tarde!
Foi um dos melhores serões que o meu amor me proporcionou... Obrigada!